domingo, junho 03, 2007

"Nos Blogs da vida"


"Suicide is Painless - Meu Orkuticídio"
(postado por Cardoso - Blog do Cardoso)



Depois de muito ponderar, cometi Orkutcídio. Isso mesmo, matei meu Orkut. Não me arrependo. A pouca utilidade dele não conseguia mais sobrepujar o incômodo causado pelos spammers e trolls.

Quando começou o Orkut era uma ferramenta realmente útil, agregou muitos colegas de escola, muitos fãs que não queriam se dedicar a listas de discussão mas queriam ocasionalmente curtir seu objeto do desejo de forma descompromissada.

Com as Invasões Bárbaras (leia-se Brasileiros) espaços antes simpáticos se tornaram palco de guerrinhas particulares. Comunidades com gente do mundo inteiro foram tomadas por idiotas que insistiam em usar somente o português, acabando com o conceito de internacional do serviço.

Depois disso foi a época dos perfis falsos. Não as celebridades óbvias, eu mesmo tenho um do Papa, mas gente normal, com único objetivo de poluir a base de dados.

Para piorar surgiram os idiotas com foto do pinto. Me assusta ver amigas minhas que aceitam idiotas assim em suas listas de amigos. Bem, aceitam a mim, então não dá pra exigir muito delas ;)

Para completar, redescobriram a ANSI-ART, coisa que era divertida no tempo dos BBS, não no século XXI. Aqueles malditos peixinhos coloridos, pelos deuses, ninguém merece.

Os spammers então… entram em uma comunidade, mandam mensagens para o mundo inteiro anunciando sua egotrip da semana… uma vagabundinha que foi minha vizinha (não estou pegando pesado, acreditem) tinha quatro comunidades em honra e glória de si mesma.

Também há os mendigos de scrap. Postam mensagens praticamente implorando por uma palavra de alento, uma mensagem positiva. Mesmo você ignorando solenemente, dias depois eles voltam, pedindo, de novo, que você diga algo de bom sobre eles.

Não podemos esquecer dos psicopatas. Um sujeito com cara de molestador de animais de fazenda postar diariamente mensagens construtivas cristãs no scrapbook de uma conhecida minha. Descobri depois que o mesmo psicótico posta as MESMAS mensagens no scrap de uma amiga, e sabe-se lá quantas mais.

As comunidades deixaram de ser comunidades e se tornaram uma espécie de tarja de identificação, como aquelas faixas coloridas que os militares usam indicando quais cursos e campanhas eles participaram. Ótimo, nada contra, mas eu gostaria realmente de discutir alguma coisa ao invés de só “dizer que gosto”.

A melhor comunidade do Orkut, a “No Escuro” foi destruída por dois ou três adolescentes mal-amados cujo único prazer na vida era atrapalhar a conversa alheia. Como, nas palavras do Mr. Manson o Orkut é “uma gambiarra que deu certo”, não possui ferramentas para coibir o abuso.

Fico 3 ou 4 dias sem acessar, vou ver o scrapbook, está cheio de spam, mensagens postadas via programas de flood, convites de desconhecidos para comunidades irrelevantes e outros lixos. Pombas, de spam já basta o e-mail.

Hoje abro o scrapbook, vejo peixinhos, desenhos coloridos, convite para o Uolkut (sem comentários) e pra cereja do sundae, um singelo post: “viado”.

Desisto. Não ganho pra isso. Quem quiser me aporrinhar ou me xingar que mande um e-mail. Orkut nunca mais. Matei, deletei, exterminei, desbagacei, aloprei, surtei escafedi e detonei.

Não preciso de Orkut para viver. Minha política é ter menos, porém melhores serviços. Viva o Flickr, o Gmail e o Technorati.

Ah sim, em uma descoberta correlata, uma dica: Quando você apaga sem bloquear alguém de seu Skipe, quando você entra essa pessoa vê você offline mas com o texto “autorização pendente”. Constrangedor, não?

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