quarta-feira, agosto 01, 2007

Windows, Linux e o Usuário Final


Estava eu, tranqüilo em casa quando de repente, me deparei com este post interessante, no mínimo questionável e deu o que falar.
Era uma daquelas "novelas/história de vida" de um sujeito que usava simultaneamente os Sistemas Operacionais Windows e Linux.
Por motivos pessoais, o
Senhor Gilberto Alves Junior preferiu ficar com o Operacional Gates. Postou suas conclusões levianas e recebeu uma saraivada (esperada) de comentários.

Ok, ele deu umas razões meio idiotas por preferir o Windows porque era mais cheiroso e dava menos bolhas no pé. grilos Em contraponto, um nicho de pinguins-xiitas não respeitaram a opinião do coitado, obrigando-o a reparar compatibilidade de sistema, conhecer o que mexe e ter noção de liberdade.
Tipos de pessoas assim eu conheço muito bem, são iguais aos crentes recém convertidos: "Você vai para o inferno se não aceitar Jesus".

Deu no que todos já sabem: comentários inflamados acusando o usuário-Windows de fazer apologias a burrice e a preguiça (as vezes o usuário-pingüim pega pesado e deixam escapar a "arrogância argentina" no palavreado, piores são os mac-xiitas) e como sempre, ficou nisso mesmo.
Comentários que não levam conclusão nenhuma, um acusa o outro de promover o monopólio Redmond e a pirataria, que por sua vez, ataca destacando que a facilidade e praticidade Microsoft não tem preço - a produção no ambiente de trabalho é muito mais importante que linhas de comando.

Minha humilde opinião: Os dois tem razão!

Em alguns quesitos, o Alves Junior diz umas verdades: "Curva de Aprendizado" é ter que desviar a meta do aprendizado para uma abrangência maior, porém pouco utilizado para seus fins, em alguns casos é aprender a viver novamente: Se já usando Photoshop e ter que aprender tudo de novo com o Gimp por causa do mesmo serviço comum é irrelevante, ter que aprender a mexer num sistema inteiro é sadismo - não me venham com essa história de preguiçosos.

Aceitem que tal comentário (por mais bobo que seja) não serviu para aquele usuário avançado, mas sim para aquele que vai começar a usar Linux e não sabe o que esperar dele - como eu não esperava.
(Ok linuxers, chamem este usuário de que você quiser, de orkuteiro pra baixo)
Lembrando o pequeno fator: Falar de Linux para qualquer usuário Comum é saber esperar nariz torcido: "Linux é muito difícil, não preciso."

Pra mim no começo, foi muito difícil usar Linux. A atmosfera e a gravidade são claramente perceptíveis, a linguagem, cultura e os costumes mudam, perdemos mesmo a noção de espaço ou de onde estamos. Verdadeira questão Geo-social (olhem só, falando assim para um simples Sistema Operacional) - só mesmo a força de vontade do novo usuário para mantê-los num único sistema.

Um tempo atrás, comecei a usar Ubuntu também, não minto: adorei a alternativa! (fui obrigado a voltar para o Windows)
Mas não nego também que foi estranho ter que aceitar o Gaim por falta dos Messenger de costume, fiquei perdido com programas, digamos, Genéricos, para suprir o que, no Windows, eu sabia fazer e muito bem. Detestei, de todo o coração, a droga dos comandos-manivelas para instalar programas que no outro sistema, resolvia com simples dois cliques.

Um dos comentários que me chamou a atenção foi outro cara querendo lembrar: "Não se pode usar Linux com a cabeça ainda no Windows" - pode até ser que esteja certo, mas na prática, isso é impossível para um ser humano habituado!
Pode ser que pessoas como ele não sofram as mudanças naturais de ambientes. Mas não foi assim no começo para mim e muitos outros, que ouvi reclamar dos mesmo problemas...

Sejamos Utópicos: Porque não há um sistema fácil-fácil de usar (tirando o Mac OsX) podemos juntar o útil ao agradável? Um sistema robusto, seguro, estável, configurável como Linux juntamente com o fácil, prático, unido, com valores comuns como o Windows?

Peguem aquele programa (qualquer um) e façam dele um programa comparavel e eficaz ao genérico da plataforma Windows: lapidem os cantos, concertem os bugs, deixem-no algo plenamente completo e robusto para ser colocado numa caixa e "vender". Que seja simples, intuitivo e com vasta biblioteca, é pedir demais?
Exemplo: Gimp (editor vetorial de imagens - comparavel ao Photoshop) é lindo, robusto, muito fácil e agradável, mas não é completo. O aMSN tem até mais recursos que o próprio MSN, mas é instável e cheio de bugs, sem dizer que configurá-lo é difícil...

Se o problema for direitos autorais com criação, então criem as alternativas certas igualmente comparaveis! Fazendo um meio que supre a necessidade em modo geral do mesmo serviço (nem que for pra converter os códigos a base de Engenharia Reversa) mas que seja para facilitar a vida do consumidor final.

E se mesmo assim é difícil, que leve o usuário a uma alternativa simples e comum como Ubuntu faz - já que não pode disponibilizar um codec ou drive por questão de direitos corporativos comerciais, resta-lhe é fazer o próprio usuário a "cometer o crime" indicando uma porta para que ele mesmo configure sem nem ao menos mexer em comandos.
(ai como adoro o Ubuntu!)

Tudo isso vimos antes, foi a sacada genial que a comunidade Mozilla fez para um ideal conjunto em apenas um leque de aplicativo, assim nasceu Firefox, o Thunderbird e outros da suíte.


No mundo Linux, programas livres e comparáveis são os que mais existem (D'oh) e isso é legal. A extrema diferença é que todos os recursos que encontramos dentro de apenas um software no Windows, no Linux é pulverizada em tantos outros programas que as vezes nem conversam entre sí. Aí fodeu!

Faz de cada distro uma cidade-estado diferente entre tantas outras, e quem fica doido e perdido no meio é o usuário comum - Lógico que é um prato cheio para tecnocratas geeks que adoram a tão questionada Liberdade de software, é largar uma criança numa loja de brinquedos em liquidação. Para um usuário comum isso é um terror.
Uma situação que tende a ser amenizada para a alegria de todos, nem que no começo desagrade mais gregos que os troianos.

Mas claro, se tudo der certo, a expressão: "Linux no PC dos outros é refresco" tende a acabar!

O Ubuntu,
"Graças a God", trouxe essa alternativa em tirar o Linux do mundo obscuro dos geeks, nerds, intelectualóides de universidade, ativistas e pró-punheteiros com tempo disponível.

Porém...

... ainda falta muito chão.


Comentário n° 22 de Oscar Neiros em 5/7/07
diz muito do que quis expressar

"Uso os dois, Windows e Linux. Achei os tópicos levantados o de menos entre as diferenças entre ambos, não concordei com praticamente nada do que foi levantado.

Acho ridículo o bando de Linuxer vir com a velha desculpa do “É costume!” “é isso!” “é aquilo!”

Ao meu ver, o principal problema do Linux ainda é o suporte a drivers.
Na empresa tentamos a implantação do Linux, mas não conseguimos pois nada funcionou como deveria, desde impressoras até os modems para envio de Fax.

A falta de padronização entre as diversas distribuições é outro enorme problema, mas o fator determinante ainda é o tempo/benefício. Qualquer pessoa que seja mais inteligente que um macaco de circo sabe que tempo = dinheiro, logo, a maioria das empresas simplesmente não podem parar. O fator produtividade é o mais importante dos fatores.

Usar Windows nunca foi questão de “vontade” e sim gosto*. [*mandou bem, eu diria necessidade]
Tenho a opção de simplesmente utilizar Linux, porém pra que eu faria essa opção, se boa parte do que eu uso no Windows não existe no ambiente Linux?
Essa é a palavra chave, além é claro do tempo dispensado para colocar uma distro “nos trilhos”.
Simplesmente já passei da idade e não tenho a menor disponibilidade pra perder preciosos minutos digitando comandos no console, isso é tão anos 80… Linha de comando era o máximo nessa época, mas não é mais a realidade a anos no Windows.

Se algo agrade, ele pega. Pode não ser o melhor e nesse caso citarei o iPod:
Existem diversos concorrentes mais baratos e melhores, mas ele é simples e funcional, o que agrada o usuario final.
Esse é o segredo primordial da Microsoft, criar softwares pensando naquele que só quer usar, não naquele adolescente espinhento que tem tempo pra ficar o dia inteiro na frente de um PC instalando qualquer coisa que não tenha suporte oficial.

Para aqueles que acham que falo' sem base, vivi, enfrentei problemas e encontrei soluções para Windows 3.11, NT, 9X e os atuais baseados no Kernel NT - atualmente uso Windows Vista. Pelo lado do Linux, já utilizer Slackware, Gentoo, Debian, Mandrake, Mandriva, SuSE, Red Hat, Fedora, Ubuntu e uma infinidade de minorias distros como o Kalango.

Eu, tendo em vista a experiência no uso diário de ambos sistemas operacionais, optei por usar o Windows como meu sistema principal, em casa e no trabalho.

Infelizmente, Linuxer tem a síndrome do egocentrismo, onde para eles o que é bom é apenas o que serve ao propósito deles, falam como se ninguem tivesse experiências e opções. O uso de ambos sistemas é tão normal como a preferência de alguns pela cor azul enquanto de outros pela cor verde, infelizmente pros Linuxers, apenas 90% do mundo tem preferido a cor Azul."

[...e assino em baixo]





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