Hey amor! Vamos fazer um "contrato pré-estabelecido"?
Olha só que coisa interessante que vale uma pequena reflexão. Essa coroa da imagem ao lado com jeitão de "doida liberta com motóca" é a Deputada do Estado da Baviera Alemã, Gabriele Pouli, 50 anos e conjugalmente separada (vocês entenderão porque), afiliada ao partido conservador (muito conservador) União Cristã-Social da Baviera, na qual ela pretende ser líder do Partido.
Estereótipos a parte - nem toda imagem define o caráter de uma pessoa - ela traz um projeto bastante polêmico: Propõe que casamentos na Alemanha tenham uma validade contratual de 7 anos com direito de ser estendido depois do prazo.
Motivo: Segundo esta matéria no BBC Brasil, um pouco mais das metade dos casamentos na Alemanha acabam em separação e divórcio, ou, a relação só se mantêm pelo medo da separação onde não prevalece mais o amor e conjuntura da família, e sim, interesses e comodismo.
A idéia com o projeto é cortar gastos com divórcio, manter uma relação previsível entre casais e diminuir o impacto traumático pós separação sem culpa para ambos os lados. É definido nesta lei a divisão de bens pré-estabelecidos, entre outras variantes da regra dentro da lei para facilitar o fim do contrato conjugal.
Ok! O projeto é legal e horrível dependendo do ponto de vista dos princípios sociais, morais, religiosos e ético. Eu particularmente acho que este projeto dá um passo pra frente e dois para trás...
É uma lei bisonha, mas como eles são alemães!
Na teoria geral, o projeto seria bom porque evitaria casamentos de faixada, aqueles com intuito de ganhar prestigio financeiro ou segundos interesses onde não existe natureza do convívio e sentimentos para a construção da família para a sociedade. Um casal com problemas conjugais teriam um tempo para estabelecerem a manutenção do convívio até o fim do contrato, sem a surpresa do estresses avassalador no fim do casamento. Pode-se agora planejar o fim, preparar a separação dos bens, dívidas do casal, guarda dos filhos e valor de pensão. Ficaria bem mais fácil se tudo fosse assim - pré-estabelecido.
Mas não é bem assim que a banda toca, isso poderá causar até mais problemas do que melhorias, uma das questões refletidas são:
- Que impacto poderá causar essa mudança na sociedade o valor do casamento em 7 anos? Não cortaria o processo natural do caminho de um relacionamento? Sete anos é o tempo necessário para o amadurecimento do casal entre seus problemas comuns de convívio? Uma briga atôa poderia acabar com o casamento depois do contrato? E a família? E a consciência dos filhos? Essa lei dá brechas para que o casal não busque um relacionamento saudável, já que o prazo é pouco.
- Não vai contra os conceitos básicos sociais que estabelecem uma firme e ligação da família consolidada com a sociedade? Pode se dizer então que não existirá mais uma tradição ligando os pais e os filhos, já que tanto o homem como a mulher poderão se casar várias vezes como quiserem apenas por seguirem a cartilha que esta lei libera. Deixariam de construir bens vitalícios para seus descendentes já que não precisam seguir uma vida conjunta à longo prazo. Ex: O dono da padaria passaria a herança do estabelecimento comercial para qual filho de qual casamento, e os outros filhos de outros casamentos não iriam reclamar?
- As Igrejas, tanto a Católica (muito forte na região da Baviera) ou a Protestante Luterana para o restante do País não querem ouvir nem de longe essa "tal lei", nem como comentário ou conhecimento mesmo vindos de sua deputada. Qualquer cristão sabe que uma lei dessas vem contra os princípios da Fé ensinados na Bíblia, contra a Lei Natural de Deus.
- Será que todo o valor moral, ético ensinados dentro de casa, nas escolas, nas ruas, na igreja ou em comunidade terão prazos de 7 anos?
São os Alemães, sempre os Alemães!
Imagino se fosse aqui no Brasil. Não sei não, seria uma grande putaria. Não somos robôs e não gostamos tanto de leis e medidas quanto os alemães.
Mas ela me deu uma bela idéia, poderíamos fazer isso aqui no país também, não propriamente no casamento Homem e Mulher e sim com o casamento Brasil e Política, Empregado Folgado e Empresa Ruim...
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