terça-feira, fevereiro 20, 2007

Dando na Net

Olhe o que deu no Noblat
(Texto de Armando Mendes, Jornalista - Reblogagem deste site)

'A pianista e o iTunes'

"Uma notícia curiosa pescada na rede: o primeiro caso conhecido de fraude musical digital pode ter sido descoberto este começo de ano. Não é a velha pirataria que conhecemos; é uma história de troca de identidades musicais, bizarra e improvável.

Quem usa o iTunes para ouvir CDs de música com certeza conhece o Gracenote. É aquele programinha que abre automaticamente logo que o computador engole o disco. O iTunes se conecta à base de dados do Gracenote, que manda de volta a identificação das faixas do CD para a tela do iTunes.

Pois foi o Gracenote que deu a pista para a suposta fraude. Um ouvinte comum pôs no computador um CD da pianista inglesa Joyce Hatto e o programa identificou as faixas como gravações de outro músico, o húngaro Laszlo Simon.

Avisados, um site americano e uma revista inglesa de música saíram a campo para investigar. Descobriram, por meio da análise das frequências sonoras, que as duas supostas gravações - de Hatto e de Simon - eram, na verdade, uma só. E mais; outros discos da inglesa eram idênticos a gravações de diversos pianistas mais ou menos famosos.

Todas podem ser fraudes. Ao que parece, a gravadora de Hatto (um pequeno selo independente pertencente ao viúvo dela, um produtor musical) copiava gravações de outros músicos e selos e as lançava no mercado como se fossem dela. Não se dava nem ao trabalho de apagar o código digital que denunciaria os intérpretes verdadeiros, como acabou acontecendo.

As investigações prosseguem e o escândalo está armado. Ameaça manchar reputações no mundo fechado da música clássica, um cantinho especializado e complicado da grande indústria fonográfica: vende muito menos e movimenta relativamente pouco dinheiro, se comparado à música pop, mas é povoado por grandes egos e vaidades lendárias.

A história da pianista complica ainda mais as coisas. Joyce Hatto morreu no ano passado, aos 77 anos. Era talentosa e promissora quando surgiu, em meados do século 20. Mas encerrou sua carreira cedo, doente de um câncer. Não se apresentava em público desde 1976.

Nos últimos dez anos, começaram a surgir no mercado gravações apresentadas como obra de Hatto, lançadas pela gravadora do marido. Eram supostas gravações que ela teria feito enquanto combatia a doença.

Alguns críticos caíram de quatro. Joyce Hatto tornou-se "a maior pianista viva de que ninguém tinha ouvido falar". Virou objeto de culto. Ao morrer, no ano passado, ganhou obituários comovidos dos maiores jornais britânicos.

Está todo mundo de cara no chão, inclusive a revista mais prestigiosa (e esnobe) do ramo, a londrina Gramophone, que era a principal porta-estandarte do culto à pianista. Agora, a revista denuncia a aparente fraude e promete investigar o caso, ao lado do site ClassicsToday.com.

Mas o estrago está feito. Os ouvintes perguntam, nos blogs que discutem o caso: como é que ninguém, nenhum crítico ou acadêmico, descobriu a armação antes?

Os discos de Joyce Hatto, afinal, estão no mercado há quase uma década, recomendados efusivamente. Mas foi um ouvinte leigo, armado com um programa comum, quem levantou a suspeita de fraude. Essa Internet é terrivel.

(quem lê inglês e quiser mais detalhes sobre o caso Joyce Hatto clique aqui, e também aqui.)"

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E deu também na Folha
(...Enquanto aqui no Brasil todos nós queremos diminuir a idade penal de menores infratores que praticaram crimes endionodos e contra a pedofilia, na Hungria a conversa é bem diferente. Assinado por AP - Reblogagem deste site)

'Hungria quer legalizar pornografia com adolescentes'

"Projeto de lei leva em conta que a idade para se manter relações sexuais consensuais no país é de 14 anos; material pornográfico seria só para uso doméstico

Um projeto de lei apresentado ao parlamento húngaro pretende alterar o código penal do país para permitir que materiais pornográficos envolvendo adolescentes de 14 a 17 anos possam ser mantidos para uso doméstico.


O Ministério da Justiça considerou o projeto de lei, apresentado no mês passado pelo ministro da Justiça, Jozsef Petretei, condizente com as normas da União Européia (UE), que permitem aos países do bloco o direito de regular o assunto em nível nacional.

Entretanto, o projeto de lei tem sido denunciado por deputados de oposição como a "legalização da pedofilia". Grupos de defesa da família qualificaram a idéia como "a porta de entrada para o mundo da prostituição".

Petretei comentou nesta segunda-feira que o projeto de lei leva em conta o fato de que a idade para se manter relações sexuais consensuais na Hungria é de 14 anos. "Se levarmos em conta que pessoas com 14 anos de idade têm maturidade suficiente para manter relações sexuais consentidas, então a possibilidade de se permitir o registro de imagens disso também deve ser analisada", declarou Petretei perante o Parlamento.

O ministro acrescentou que, se os deputados tiveram sua "sensibilidade moral ofendida", eles podem propor alterações ao projeto de lei."

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Com ressaca, não escutando nada e voltando pra cama, tchau!

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